segunda-feira, 31 de outubro de 2011

EXERCÍCIOS RENASCIMENTO E REFORMA PROTESTANTE

RENASCIMENTO

01)(FUVEST 99) Já se observou que, enquanto a arquitetura medieval prega a humanidade cristã, a arquitetura clássica e a do Renascimento proclamam a dignidade do homem. Sobre esse contraste pode-se afirmar que
a) Corresponde, em termos de visão de mundo, ao que se conhece como teocentrismo e antropocentrismo;
b) Aparece no conjunto das artes plásticas, mas não nas demais atividades culturais religiosas decorrentes do humanismo;
c) Surge também em todas as demais atividades artísticas, exprimindo as mudanças culturais promovidas pela escolástica;
d) Corresponde a uma mudança de estilo na arquitetura, sem que a arte medieval como um todo tenha sido abandonada no Renascimento;
e) Foi insuficiente para quebrar a continuidade existente entre a arquitetura medieval e a renascentista.

02)(UFV 03) O termo Renascimento tem origem nos textos evangélicos de São João e São Paulo, significando a idéia do segundo nascimento, o nascimento do homem novo ou o renascimento espiritual do homem para Deus. Na Idade Média, este sentido permaneceu indicando a volta do homem a Deus. No entanto, quando utilizado para descrever o processo que teve início na Itália e se propagou pela Europa Ocidental, no final século XIV, adquiriu outros significados, tais como:
I - a renovação das concepções políticas do Estado e o resgate da idéia das origens naturais das instituições humanas.
II - a reprovação a todo e qualquer movimento de renovação religiosa que pregasse o retorno às fontes originais do cristianismo.
III - a reafirmação das concepções filosóficas humanistas, entre elas a valorização da cultura da Antigüidade Clássica.
IV - a difusão do naturalismo e do interesse pela investigação empírica da Natureza.
V - a crítica ao preceito do caráter divino do poder terreno e a adoção da prática de interferência do papado na política.
Dos significados adquiridos pelo termo Renascimento, são CORRETOS:
a)   II, IV e V.      b) I, II e V.     c) II, III e IV.   d) I, II e III.   e) I, III e IV.

03)(UFF 03) A passagem da cultura medieval para a cultura moderna, a partir do século XV, anunciou um novo conjunto de referências para o homem, a natureza e o mundo. Assinale a opção que contém a informação incorreta quanto à constituição da cultura moderna.
a) A arte renascentista denota o processo de construção do homem moderno.
b) O Renascimento consagrou a vitória da razão individual, instância suprema da cultura moderna.
c) As obras Gargantua e Pantagruel, de Rabelais, constituíram-se nas primeiras críticas à orientação individualista da cultura moderna.
d) A principal causa da Reforma foi a insatisfação dos fiéis com relação ao uso das indulgências como instrumento de riqueza da Igreja católica.
e) A concepção do universo proposta por Copérnico, ao deslocar a Terra para uma posição secundária no sistema solar, provocou intensa reação dos meios eclesiásticos.

04)(MACK 02) A partir do século XIV, ao mesmo tempo em que os renascentistas se dedicavam ao estudo das línguas clássicas, diferentes dialetos davam origem às línguas nacionais. Esse fenômeno foi um importante passo na formação de uma identidade nacional e cultural. Alguns poetas e escritores deixaram de empregar o latim em suas criações literárias, substituindo-o pela língua falada na própria região. Dentre esses escritores e poetas destacamos:
a) o escritor italiano Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia, considerado por muitos um precursor do Renascimento literário na Itália.
 b) o francês Jacques Bonhomme, autor de A Jacquerie, obra que inspirou muitos camponeses a se revoltarem contra seus senhores.
c) o florentino Fillipo Brunelleschi, autor da cúpula da catedral de Santa Maria Del Fiore.
d) o alemão Johann Gutenberg, que ficou famoso ao inventar os tipos móveis de chumbo, que permitiam uma tiragem de impressos em  números  inimagináveis até a sua época.
e) Jan van Eyck, holandês, cuja extraordinária técnica, na absoluta precisão de detalhes, vem do analítico, naturalismo dos anteriores miniaturistas flamengos.

05)(GV 2000) “Na verdade, Ciência e Razão eram apenas uma face de realidade bem mais complexa. Enquanto as Elites redescobriam Aristóteles ou discutiam Platão na Academia florentina, de Lourenço de Médicis, a quase totalidade da população européia continuava analfabeta. Praticamente alheia à matematização do tempo, tinha seu trabalho regido por galos e pelos sinos (...) a vida continuava pautada por ritmos sazonais.” (Laura de Mello e Souza).
A partir do texto acima, podemos afirmar que:
a) a transição, da transcendência à imanência, da verticalização à horizontalização, realizou-se plenamente no Renascimento;
b) a experiência renascentista foi vivida por todos os povos da Europa simultaneamente;
c) a matematização do tempo, assim como as redescobertas de Aristóteles e Platão, foram experiências vividas primeiramente pelas elites letradas;
d) a democratização do saber letrado foi a principal característica da primeira fase do Renascimento;
e) a Europa burguesa viu com temor a propagação do ideal renascentista.   

06)(FUVEST 96) Com relação à arte medieval, o Renascimento destaca-se pelas seguintes características:
a) Perspectiva geométrica e a pintura à óleo.             
b) As vidas de santos e o afresco. 
c) A representação do nu e as iluminuras.
d) As alegorias mitológicas e o mosaico.
e) O retrato e o estilo romântico na arquitetura.

REFORMA

01)(ESPM Julho 08) “Erasmo de Rotterdam (1466-1536), considerado o ‘príncipe dos humanistas’ usou de uma linguagem simples e elegante para esclarecer problemas teológicos e superar a angústia metafísica da Europa, de sua época. Nesse contexto, desprezando as superadas doutrinas escolásticas, escreveu Elogio da Loucura, obra em que denuncia algumas atividades da Igreja e a imoralidade do clero”.  (Claudio Vicentino. História Geral)
A respeito da relação entre Erasmo de Rotterdam, o Renascimento Cultural e a Reforma Religiosa, é correto assinalar:
a) Erasmo foi um precursor da Reforma Religiosa e acabou liderando a implantação do luteranismo nos Países Baixos.
b) Erasmo foi o grande vulto do renascimento literário e filosófico dos Países Baixos e propunha que a Igreja Católica se auto-reformasse.
c) Ao buscar conciliar o racionalismo renascentista com o cristianismo, Erasmo aderiu e apoiou o calvinismo em Genebra.
d) Interlocutor de Thomas Morus, o autor de Utopia, Erasmo apoiou a implantação do anglicanismo por Henrique VIII, na Inglaterra.
e) Ao assumir a condição de defensor público de Lutero e de outros reformadores, Erasmo foi perseguido e condenado pela Inquisição.

02)(IBEMEC 06) A Reforma Religiosa, surgida na Alemanha no século XVI, foi um dos marcos da passagem do feudalismo para o capitalismo. Sobre esse movimento, é correto afirmar que:
a) teve início com o monge Martinho Lutero, que contestava a venda de indulgências pela Igreja Católica e defendia que a fé era o elemento fundamental para a salvação do indivíduo.
b) foi um movimento da Igreja Católica que visava combater o protestantismo que avançava na Europa e culminou com a perseguição aos inimigos da igreja pelo Tribunal do Santo Ofício.
c) foi um movimento iniciado por Calvino em 1517, após publicar 95 teses que atacavam a Igreja Católica, o poder do Papa, a venda de relíquias e o culto aos santos.
d) foi um movimento de cunho religioso, econômico e social, iniciado por John Wycliffe que condenava o acúmulo de capital como forma de obtenção do paraíso celestial.
e) teve início com a tentativa da Igreja Católica de combater as heresias de grupos como os albigenses e cátaros, que desafiavam o poder papal e alguns dogmas da Igreja Católica.

03)(UFSCAR 01) O calvinismo, doutrina constituída no século XVI europeu, foi tributário, em muitos aspectos, dos princípios elaborados por Santo Agostinho, sobretudo aquele que reafirma 
a) o auto martírio da carne como meio de purificação dos pecados.
b) a necessidade da concessão da graça divina para a salvação dos homens.
c) a superioridade do poder religioso sobre os negócios do Estado.
d) a necessidade de obras meritórias e santas para a salvação das almas.
e) a autoridade da instituição religiosa na absolvição dos pecados humanos.

04)(UFTM 07) Leia os trechos: “O processo de transformações (...) ocorridas na Europa ocidental, a partir do século XI, culminou no século XVI com uma grande revolução espiritual. Essa revolução, que eclodiu sob a forma de movimentos de contestação à autoridade e ao poder da Igreja de Roma, tomou o nome genérico de Reforma Protestante. O processo histórico que levou à centralização monárquica na Europa ocidental deu origem (...) às monarquias nacionais. (...) Em sua dinâmica (...) o rei continuou a acumular poderes cada vez mais amplos e de maior alcance. Desse processo surgiu, no curso do século XVI, em vários lugares da Europa, um novo tipo de formação política: o Estado absolutista”.    (Alceu Pazzinato e Maria Helena Senise, História Moderna e Contemporânea)
Durante o século XVI, a grande revolução espiritual relacionou-se à nova formação política, pois essa revolução
a) dividiu a Europa em dois grandes blocos, o católico, sob a hegemonia da França, e o protestante, sob a da Holanda, países onde se implantou o absolutismo de direito divino.
b) garantiu a transferência das rendas arrecadadas pela Igreja católica para os Estados monárquicos, o que assegurou o enriquecimento, por exemplo, do Império alemão.
c) não só retardou a consolidação do absolutismo, como na França, devido às guerras de religião, mas também fortaleceu os reis, como no caso da criação da Igreja anglicana na Inglaterra.
d) permitiu aos monarcas a escolha da religião de seus súditos, favorecendo, por exemplo, a afirmação das monarquias absolutistas ibéricas, que aderiram ao protestantismo.
e) estimulou conflitos entre países com religiões diferentes, o que gerou a Guerra dos Trinta Anos e, conseqüentemente, contribuiu para consolidar o absolutismo no Sacro Império.

05)(PUC RJ 02) A Europa do século XVI assistiu ao surgimento de novas religiões cristãs, dentre as quais destacam-se a luterana, a calvinista e a anglicana. A despeito das características que conferem especificidade a cada uma delas,  observam-se elementos que as aproximam entre si. Um desses elementos é a:
a) celebração dos cultos nas línguas faladas pelos fiéis.        
b) ausência de hierarquia eclesiástica.                                   
c) tolerância em relação às demais religiões cristãs.
d) afirmação da primazia da Igreja sobre o Estado.

e) crítica às estruturas sociais vigentes.

06)(FUVEST 05) “Depois que a Bíblia foi traduzida para o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e toda rapariga, capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e que entendiam o que Ele dizia”. Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
a) ironiza uma das conseqüências da Reforma, que levou ao livre exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis.
b) alude à atitude do papado, o qual por causa da Reforma, instou os leigos a que não deixassem de ler a Bíblia.
c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que seus súditos escolhessem entre as várias igrejas.
d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento do absolutismo monárquico.
e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas protestantes.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

07)(UFMG 08) Leia estes trechos:
I - “Assim vemos que a fé basta a um cristão. Ele não precisa de nenhuma obra para se justificar.”
II - “O rei é o chefe supremo da Igreja [...] Nesta qualidade, o rei tem todo o poder de examinar, reprimir, corrigir [...] a fim de conservar a paz, a unidade e a tranqüilidade do reino...”
III - “Por decreto de Deus, para manifestação de sua glória, alguns homens são predestinados à vida eterna e outros são predestinados à morte eterna.”
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que as concepções expressas nos trechos I, II e III fazem referência, respectivamente, às doutrinas
a) católica, anglicana e ortodoxa.                
b) luterana, anglicana e calvinista.  
c) ortodoxa, luterana e católica.  
d) ortodoxa, presbiteriana e escolástica.

08)(UNICENTRO 09) Em 1545, o Papa Paulo III convocou o Concílio de Trento, uma reunião de bispos e autoridades, que tinha por finalidade, EXCETO
a) reafirmar todos os dogmas e práticas ritualísticas vigentes na Igreja Católica.
b) criar seminários para uma formação mais rigorosa do clero, corrigindo-lhe os abusos.
c) reorganizar o Tribunal da Inquisição, como forma de guiar os fiéis no cumprimento dos dogmas católicos.
d) fortalecer a hierarquia da Igreja Católica, sem no entanto confirmar a supremacia papal.
e) definir que somente a Igreja Católica tinha o poder de interpretar a Sagrada Escritura.

09)(UFJS 06) No início do século XVI, a Igreja Católica passou por um amplo processo de reformulação doutrinal e administrativa, chamado de Reforma Católica (ou Contra-Reforma). Paralelamente, as Coroas de Portugal e Espanha ajudavam no fortalecimento da Igreja Católica, mas também buscavam se transformar em instrumentos para a “salvação da humanidade”, através da conquista e colonização de novas terras. Qual dos eventos abaixo NÃO faz parte deste contexto?
a) O Concílio de Trento, que reuniu diversos religiosos com o objetivo de posicionar-se frente às críticas protestantes e reafirmar os dogmas católicos.
b) A criação do Index Librorum Proibitorum, que se constituía numa lista de livros proibidos por atacarem os dogmas católicos ou atentarem contra eles.
c) A difusão do Projeto Colonizador, segundo o qual o lucro era legítimo e o trabalho era uma vocação divina e que possibilitava o acúmulo de riquezas, como sinal de predestinação.
d) O Padroado Real, através do qual os monarcas ibéricos eram autorizados a administrar os assuntos religiosos, tanto no Reino como nas terras de além-mar.
e) A fundação da Companhia de Jesus, uma vez que os jesuítas atuavam como educadores e catequizaram os povos nativos nas colônias portuguesas e espanholas.

GABARITO EXPANSÃO MARÍTIMA

01 - B                           
05 - C                            
09 - A
13 - E
02 - D                          
06 - B
10 – D
14 - A
03 - A
07 - B                           
11 - A
15 - B
04 - E                          
08 - D
12 - C



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

EXERCÍCIOS EXPANSÃO MARÍTIMA

01)(UNESP 02) No período denominado Baixa Idade Média, houve desenvolvimento do comércio e florescimento de cidades. O crescimento econômico da Europa ocidental intensificou-se com a expansão ultramarina do século XV. Considera-se essencial para tal expansão:
a) a crise e o enfraquecimento comercial das cidades-estados italianas, fornecedoras na Europa dos produtos orientais.
b) a centralização do poder político e a possibilidade de investimento de recursos monetários estatais em expedições marítimas.
c) a ocupação de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim dos contatos pacíficos entre o Ocidente e o Oriente.
d) a abundância de metais na Europa e o crescimento de circulação monetária em condições de financiar empreendimentos dispendiosos.
e) a ruptura da unidade cristã do Ocidente e a formação de religiões adaptadas à ética da acumulação capitalista. 

02)(MACK 04) Assinale a alternativa correta acerca da Expansão Marítima Européia.
a) a corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou, na segunda metade do século XV, um período de grande cooperação entre reinos europeus, denominado de União Ibérica.
b) posteriormente à descoberta do novo continente, o grande afluxo do ouro e da prata americanos para a Europa gerou uma significativa baixa nos preços dos alimentos.
c) o navegador Cristóvão Colombo provou, com sua viagem, a tese do el levante por el poente, isto é de que seria possível alcançar as Índias, no Ocidente, navegando em direção ao Oriente.
d) as chamadas Grandes Navegações Européias inserem-se no processo de superação dos entraves medievais ao desenvolvimento da economia mercantil e ao fortalecimento da classe burguesa
e) em agosto de 1492, a nau Santa Maria e as caravelas Nina e Pinta partiram de Palos, na Espanha, rumo ao leste, e atingiram, em outubro do mesmo ano, a costa da América do Norte.

03)(FGV 09) “Durante a Antigüidade e a Idade Média, a África permaneceu relativamente isolada do resto do mundo. Em 1415, os portugueses conquistaram Ceuta, no norte do continente, dando início à exploração de sua costa ocidental”.  (José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, Toda a História)
Acerca da África, na época da chegada dos portugueses em Ceuta, é correto afirmar que:
a) nesse continente havia a presença de alguns Estados organizados, como o reino do Congo, e a exploração de escravos, mas não existia uma sociedade escravista.
b) assim como em parte da Europa, praticava-se a exploração do trabalho servil que, com a presença européia, transformou-se em trabalho escravo.
c) a população se concentrava no litoral e o continente não conhecia formas mais elaboradas de organização política, daí a denominação de povos primitivos.
d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, encontravam-se no Norte e economicamente viviam da exploração dos escravos muçulmanos.
e) a escravidão e outras modalidades de trabalho compulsório eram desconhecidas na África e foram introduzidas apenas no século XVI, pelos portugueses e espanhóis.

04)(PUC RJ 07) Na Época Moderna, as narrativas de cronistas, viajantes, missionários e naturalistas, representaram o Novo Mundo ora como Paraíso ora como Inferno. Qual das afirmativas abaixo NÃO se encontra corretamente identificada com essa idéia?
a) No imaginário europeu sobre o Novo Mundo, havia constantes referências à beleza e grandiosidade da natureza, o que possibilitava lhe conferir quase sempre positividade e singularidade.
b) O Novo Mundo era visto como o lugar para a concretização dos antigos mitos do Paraíso Terrestre e do Eldorado, através dos quais a natureza exuberante garantia a promessa de riqueza.
c) Os homens que habitavam o Novo Mundo eram quase sempre vistos como bárbaros, selvagens, inferiores e portadores de uma humanidade inviável.
d) A visão do Novo Mundo foi filtrada pelos relatos de viagens fantásticas, de terras longínquas, de homens monstruosos que habitavam os confins do mundo conhecido até então no ocidente medieval.
e) Na percepção e representação do Novo Mundo, os relatos orais dos primeiros descobridores ocuparam um lugar central por associá-lo exclusivamente ao Inferno.

05)(IBMEC Junho 04) “A maior revolução na alimentação humana ocorreu no período moderno com a ruptura no isolamento continental, quando o intercâmbio de produtos de diferentes continentes, que ocorreu no bojo da expansão colonial européia, alterou radicalmente a dieta de praticamente todos os povos do mundo. As especiarias asiáticas se difundiram para a Europa e chegaram aos outros continentes. As plantas alimentícias das Américas (...) propagaram-se pelo planeta. Gêneros tropicais (...) combinaram-se para fornecerem um novo padrão de consumo de calorias e de bebidas excitantes. Produtos típicos da Europa mediterrânica penetraram em todos os continentes.”   (MENESES, Ulpiano T. Bezerra de, CARNEIRO, Henrique. A História da Alimentação: balizas historiográficas. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Série v. 5, p. 90-91, jan./dez. 1997.)
Sobre esse fenômeno e seu contexto histórico podemos afirmar que:
a) Durante o período colonial, a África e a América forneceram vários alimentos para a Europa, como a mandioca, o milho e o açúcar. Ao mesmo tempo, a alimentação mediterrânica, à base de trigo (pães e massas), azeite e tomate, difundiu-se pelo continente americano com a chegada dos descobridores no século XVI. O café, originário da América, chegou à Europa no século XIX.
b) As especiarias vindas do continente americano eram a principal moeda de troca dos países europeus, principalmente Portugal e Espanha, que tinham colônias no continente. Posteriormente as especiarias foram substituídas pelo café e pelo chocolate. Em troca desses produtos, as metrópoles forneciam às colônias trigo e vinho, que possuíam um valor mais alto, lucrando nesse comércio.
c) O intercâmbio de diferentes produtos alimentícios ocorreu no bojo dos descobrimentos a partir do século XVI. Enquanto produtos como milho, batata e tomate foram levados para a Europa, o trigo e a uva acompanharam a colonização e a imigração na América. O café, vindo da África, aclimatou-se na América do Sul e difundiu-se para o resto do mundo a partir do século XIX.
d) Os descobridores europeus aproveitaram-se de alimentos nativos da América para distribuí-los para o restante da Europa ao mesmo tempo em que introduziam seus hábitos alimentares no continente americano. Assim, produtos antes desconhecidos dos europeus, como trigo, milho e batata, foram cultivados em grande escala para suprir a demanda européia. Em contrapartida, produtos europeus, como chá e arroz foram trazidos para a América.
e) A expansão comercial do século XIX foi a grande responsável pelo intenso contato entre várias culturas através de seus alimentos. Enquanto as colônias americanas forneciam açúcar para toda a Europa, eram abastecidas com produtos até então desconhecidos no continente, como a batata, o trigo e o arroz.

06)(UNESP 92) A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da conjuração de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e características novas.A inserção do Mundo não europeu no contexto do colonialismo mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para:
a)       A aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os povos da África e da Ásia
b)      Acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano.
c)       O indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho.
d)      Que o tráfico negreiro, operação comercial rentável,fosse determinado pela apatia e preguiça do ameríndio.
e)       A montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do Estado Absoluto na vida das colônias

07)(UFU Julho 2000) Sobre as civilizações pré-colombianas dos Astecas, Maias e Incas é correto afirmar que
I- a base econômica dessas sociedades era a agricultura, sendo a terra pertencente à comunidade ou ao Estado e trabalhada coletivamente.
II- enquanto os Incas e os Astecas desenvolveram um avançado sistema de escrita, registrando a história coletiva, os Maias se dedicaram a representar cenas do cotidiano em objetos cerâmicos, sem desenvolver a escrita.
III- para os Astecas, a guerra de conquista tinha um duplo objetivo: obrigar as tribos subjugadas a pagarem tributos e obter prisioneiros para os sacrifícios nos rituais religiosos.
IV- enquanto na sociedade asteca a escravidão era a base das relações de trabalho, os Maias e os Incas adotavam o trabalho coletivo livre, em sociedades igualitárias, sem hierarquias sociais.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas II e IV.           b) Apenas I e III.          c) Apenas I e IV.          d) Apenas III e IV.

08)(UNESP 09) Entre as civilizações pré-colombianas dos maias e dos astecas, havia semelhanças culturais significativas. No momento em que foram conquistadas,
a) os maias tiveram suas crenças religiosas e seus documentos escritos preservados e acatados pelos espanhóis, enquanto que a civilização asteca foi destruída.
b) os astecas e os maias haviam pacificado as relações entre os diversos povos que habitavam as atuais regiões do México e da Guatemala.
c) tiveram suas populações dizimadas pelos espanhóis, que se apossaram militarmente das cidades de Palenque, Tikal e Copan.
d) os astecas dominavam um território que se estendia do oceano Atlântico ao Pacífico, mas os maias já não contavam com as magníficas cidades, desaparecidas sob as florestas.
e) eram caçadores nômades, desconheciam a agricultura e utilizavam a roda e os metais para fins militares.

09)(FGV 09) “Uma antiga profecia maia, datada do século XIII, afirmava: ‘a terra queimará e haverá grandes círculos brancos no céu. A amargura surgirá e a abundância desaparecerá. A época mergulhará em graves trabalhos. De qualquer modo, isso será visto. Será o tempo da dor, das lágrimas e da miséria. É o que está por vir’.   Frei Bartolomeu de Las Casas, teólogo e missionário dominicano espanhol (século XVI), retomou essa curiosa profecia para retratar um episódio marcante para a história da América e do próprio Ocidente. Trata-se:
a) da conquista da América pelos espanhóis, que resultou num desastre demográfico das populações americanas e na imposição de formas compulsórias de trabalho, como a mita e a encomienda.
b) da fundação da cidade-estado de Tenochtitlán, no Vale do México (1235 d.C.), e do imperialismo mexica (asteca), que subjugou as demais cidades-estado da região.
c) da disputa interna, no Império Inca, entre Atahualpa e Huascar pela soberania em Cuzco, que gerou destruição, miséria e retração da economia agrícola.
d) das guerras de independência que as colônias da América Espanhola precisaram travar contra sua Metrópole, no primeiro quartel do século XIX.
e) do genocídio das populações de iroqueses e outras etnias pelos colonos ingleses na América do Norte, o que explica a predominância de população de origem européia, até recentemente, nos Estados Unidos da América.

10)(UFMG 08) No final do século XV e início do XVI, quando os europeus conquistaram o Continente Americano, este era habitado por inúmeros grupos étnicos, com diferentes formas de organização econômica e político-social. Considerando-se o Império Inca, é INCORRETO afirmar que
a) a agricultura, base da sua economia, era praticada nas montanhas andinas, por meio de um sofisticado sistema de produção, que incluía a irrigação e a adubação.
b) o Estado era centralizado, com o poder político concentrado nas mãos do Inca, o imperador, e sua sociedade era rigidamente hierarquizada.
c) seu domínio se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes, ocupando parte dos atuais territórios da Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e noroeste da Argentina.
d) um deus criador e protetor da vida e da natureza era cultuado segundo uma doutrina monoteísta e, para ele, foram construídos diversos templos.

11)(PUC RJ 01) Sobre as relações estabelecidas entre europeus e povos nativos do continente americano por ocasião da conquista e colonização das terras do Novo Mundo, estão corretas as afirmativas, à EXCEÇÃO de:
a) A catequese das populações nativas, fundamentada no princípio da tolerância religiosa, viabilizou o enraizamento dos valores cristãos.
b) A ocorrência de guerras e a propagação de epidemias contribuíram de modo significativo para a drástica redução demográfica das populações nativas.
c) Entre as imagens que os europeus construíram acerca do Novo Mundo, destacavam-se as visões que ressaltavam a pureza dos povos nativos e a fertilidade da terra.
d) O estabelecimento de alianças bélicas, favorecidas pelas rivalidades entre os povos nativos, contribuiu para a conquista européia.
e) Os conquistadores europeus valeram-se de práticas de escambo e formas de trabalho compulsório, já existentes entre os povos nativos da América, para consolidarem novas relações de dominação.

12)(UNESP 10) “(...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que, ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender”.  (Hernán Cortés. Cartas de Relación de la Conquista de Mexico, escritas de 1519 a 1526.)
O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reação de Hernán Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre
a) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas.
b) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios.
c) do encontro de padrões culturais diferentes.
d) das semelhanças culturais existentes entre os povos do mundo.
e) do espírito guerreiro e aventureiro das nações europeias.

13)(FUVEST 96) Sobre as universidades na América colonial, é possível afirmar que:
a) As Coroas portuguesas e espanhola, preocupadas desde o período colonial com a questão da educação, criaram universidades já no século XVI.
b) No Brasil não foram criadas universidades no período colonial e na América Espanhola elas tiveram apenas uma existência efêmera, não havendo real interesse em sua manutenção.
c) As Coroas portuguesa e espanhola, envolvidas com a implantação de um sistema de exploração, não cuidaram da criação de universidades em suas colônias
d) Assim como Salamanca serviu de modelo para a organização das universidades da América Espanhola, Coimbra foi modelo no Brasil e em Goa, na Índia.
e) Enquanto no Brasil não foram criadas universidades no período colonial, na América Espanhola, já no século XVI, foram fundadas a universidade de São Marcos de Lima e a do México.

14)(PUC 06) Quanto às colonizações espanhola e portuguesa nas Américas, entre os séculos XVI e XIX, pode-se destacar:
a) o emprego de regimes de trabalho obrigatório, ainda que na América Portuguesa tenha predominado a escravidão do negro e na América Hispânica, a exploração do trabalho indígena.
b) a completa unidade territorial e o controle rígido pelas metrópoles, ainda que na América Portuguesa o regime administrativo tenha sido o de capitanias e na América Hispânica o de vice-reinado.
c) o prevalecimento da agricultura e do extrativismo, ainda que na América Hispânica o usufruto dos bens produzidos fosse exclusivamente da Coroa espanhola e na América Portuguesa, dos colonos.
d) a interiorização da ocupação, ainda que na América Portuguesa tenha sido rápida e em acordo com as definições de Tordesilhas e na América Hispânica, lenta e desrespeitosa ao tratado.
e) o esforço de integração das economias coloniais ao comércio internacional, ainda que na América Hispânica a produção fosse voltada ao mercado norte-americano e na América Portuguesa, ao inglês.

15)(FGV 07) “(...) a terra que dá ouro esterilíssima de tudo o que se há mister para a vida humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, (...) e logo começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se vestirem, além de mil bugiarias de França (...) E, a este respeito, de todas as partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra dá, com lucro não somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfornecidos muitos engenhos de açúcar das peças necessárias e de padecerem os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos aonde hão de dar maior lucro.”   (Antonil, Cultura e opulência do Brasil, 1711)
No texto, o autor refere-se a uma das conseqüências da descoberta e exploração de ouro no Brasil colonial. Trata-se
a) do desenvolvimento de manufaturas para abastecer o mercado interno.
b) da inflação devido à grande quantidade de metais e procura por mercadorias.
c) do incremento da produção de alimentos e tecidos finos na área das minas.
d) da redução da oferta de produtos locais e importados na região mineradora.
e) do desabastecimento das minas devido à maior importância das vilas litorâneas.

GABARITO IDADE MÉDIA

01 – A
05 – D
09 – B
13 – E
17 – B
02 – A
06 – D
10 – E
14- B
18 – D
03 – D
07 – B
11 – D
15 – E
19 – B
04 – A
08 – B
12 – B
16 – A

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

EXERCÍCIOS IDADE MÉDIA

IDADE MÉDIA

01)(PUCRS 03) Dentre os Reinos Bárbaros, surgidos após as invasões germânicas e o fim do Império Romano, o Reino Franco foi o mais importante, porque
a) os Reis Francos se converteram ao Cristianismo e defenderam o Ocidente contra o avanço dos muçulmanos.
b) promoveu o desenvolvimento das atividades comerciais entre o Ocidente e o Oriente, através das Cruzadas.
c) nesse período a Sociedade Feudal atingiu sua conformação clássica e o apogeu econômico e cultural.
d) houve uma centralização do poder e viveu-se um período de paz externa e interna, o que permitiu controlar o poder dos nobres sobre os servos.
e) os Reis Francos conseguiram realizar uma síntese entre a cultura romana e a oriental, que serviria de inspiração ao Renascimento Cultural do século XIV.

02)(UFTM Julho 07) A formação do sistema feudal, dominante principalmente nos territórios do Império Carolíngio, durante a Idade Média, esteve ligada
a) à integração de instituições romanas e germânicas, tais como o colonato e o Comitatus.
b) ao fim da importância das leis baseadas nos costumes e aos ataques vikings.
c) às constantes invasões dos bárbaros germânicos, que levaram à queda do Império Bizantino.
d) à decadência do escravismo romano e ao gradativo processo de êxodo rural.
e) ao fortalecimento do poder real, devido à distribuição de benefícios aos guerreiros fiéis.

03)(PUC 01) A Idade Média Ocidental:
a) conheceu, até o século X, intensa atividade comercial e urbana, que foi substituída posteriormente pelo predomínio do campo e da produção agrícola de subsistência, realizada nos arredores das cidades.
b) apresentou, nas várias regiões, forte unidade política, herdada do Império Romano, até o século VIII, ocorrendo, posteriormente, crescente fragmentação até o século XVI.
c) teve, no início, um período de pouca hierarquia social, com privilégio apenas para os setores eclesiásticos, e gradativa ampliação do poder camponês a partir do século XI.
d) foi um período de absorções, negações e adequações entre a cultura clerical e a laica, havendo claro predomínio da primeira até o século XII e gradativo crescimento da postura laico-humanista a partir de então.
e) representou, nos primeiros séculos, a persistência do politeísmo herdado da tradição greco-romana e, após o século XI, a vitória rápida do protestantismo contra o catolicismo.
04)(FGV 10) “(…) Deus tinha distribuído tarefas específicas a cada homem; uns deviam orar pela salvação de todos, outros deviam lutar para proteger o povo; cabia aos membros do terceiro estado, de longe o mais numeroso, alimentar, com seu trabalho, os homens de religião e da guerra. Este padrão, que rapidamente marcou a consciência coletiva, apresentava uma forma simples e em conformidade com o plano divino e assim sancionava a desigualdade social e todas as formas de exploração econômica (…)”.     (Georges Duby, As três ordens ou o imaginário do feudalismo apud Patrícia Ramos Braick e Myrian Becho Mota, História: das cavernas ao Terceiro Milênio)
A partir do texto, é correto concluir que
a) a Igreja não reconhecia importância nas atividades que estivessem desligadas da religião, assim a condição de não nobre revelava um sujeito vítima do castigo divino.
b) a rigidez da estrutura da sociedade feudal não foi regra durante a Idade Média, pois a partir do século X, estabeleceu-se uma dinâmica sociedade de classes.
c) as posições sociais menos importantes derivavam menos da vontade divina e mais da ausência de empenho dos homens, segundo a teologia cristã medieval.
d) a sociedade feudal estruturava-se de forma rígida, determinada pelo nascimento e com pequenas possibilidades de movimentação entre as camadas sociais.
e) a suposta imobilidade da sociedade medieval tem fundamento nas teses teológicas de santo Agostinho, que defendiam a supremacia da razão em detrimento da fé.

05)(PUC 09)“Que Deus te dê coragem e ousadia,/ Força, vigor e grande bravura/ E grande vitória sobre os Infiéis.”  (Citado por Georges Duby. A Europa na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 13)
Os três versos são do século XII e reproduzem a fala de um rei na sagração de um cavaleiro. Eles sugerem
a) o caráter religioso predominante nas relações de servidão, que uniam os nobres medievais e asseguravam a mão-de-obra nos feudos.
b) a ausência de centralização política na Alta Idade Media, quando todos podiam, por decisão real, ser sagrados nobres e cavaleiros.
c) o reconhecimento do poder de Deus como supremo e a crença de que a coragem dependia apenas da ação e da capacidade humanas.
d) a hierarquia nas relações de vassalagem e o significado político e religioso, para os nobres, das ações militares contra os muçulmanos.
e) o juramento que todos os nobres deviam fazer diante do rei e do Papa e a exigência de valentia e força para participação nos torneios.

06)(UFJF 09) Sobre o contexto de consolidação do poder da Igreja na Idade Média, leia as afirmativas abaixo e, em seguida, marque a opção CORRETA.
I - O cristianismo e todas as suas instituições podem ser considerados elementos unificadores do mundo europeu após a crise do Império Romano e as invasões bárbaras. Nessa longa trajetória, a Igreja de Roma assume o seu papel de liderança religiosa, através do combate às heresias.
II - Desde os primeiros tempos do período medieval, a união entre as Igrejas Ocidental e Bizantina representava o símbolo da unidade da cristandade. Os papas procuravam favorecer o Império Bizantino e consolidar a Igreja Ortodoxa, visando a aumentar a influência da Igreja romana no universo cristão ocidental.
III - Havia grupos considerados heréticos, como os valdenses e os cátaros, que criticavam a hierarquia católica e não reconheciam a autoridade papal. Havia também outros movimentos que foram incorporados pela Igreja Católica e que levaram à formação de ordens religiosas, como franciscanos e dominicanos.
a) Todas estão corretas.    c) Apenas a I e a II estão corretas.
b) Todas estão incorretas.  d) Apenas a I e a III estão corretas.    e) Apenas a II e a III estão corretas.

07)(FGV 09) “(...) constituíram-se na Idade Média dois poderes que se colocavam acima da autoridade dos reis e dos senhores e, por isso, eram denominados poderes universais: o papado (poder espiritual ou religioso) e o império (poder temporal ou político). A relação entre esses dois poderes foi sempre problemática (...)”.   (Luiz Koshiba, História – origens, estruturas e processos). Pode ser apontado(a) como um exemplo dessa relação problemática:
a) a promulgação do Edito de Milão, em 313, que reconheceu o poder espiritual do papa e estabeleceu o cristianismo como a religião oficial do Império Romano, condição revogada pelo imperador Décio, no fim do século IV.
b) o conflito conhecido como a Querela das Investiduras, de 1076, que opôs o papa Gregório VII ao imperador Henrique IV, do Sacro Império, e só foi superado em 1122, com a Concordata de Worms.
c) a determinação do imperador Teodósio I, a partir de 391, em proibir todas as práticas não pagãs, que gerou uma forte perseguição aos cristãos e o poder religioso voltou para a mão do imperador romano.
d) o incentivo dos reinos cristãos, principalmente do Império Carolíngio, em construir mosteiros longes das cidades, o que efetivou a separação entre o poder temporal dos reis e o poder espiritual dos monges e do clero em geral.
e) o apoio decisivo do imperador Constantino à heresia ariana, construída pelos bispos do Oriente, no Concílio de Nicéia (325), que defendia a concepção de que o poder temporal caberia apenas ao soberano romano, mas com o beneplácito do papa.

08)(PUC 02) Entre os anos de 1315 e 1317, chuvas extremamente fortes e constantes atingiram, de forma inesperada, parte significativa da Europa, ao norte dos Alpes.Pode-se relacionar esse episódio à
a) série de transformações climáticas enfrentadas pela Europa desde o século VIII, que derivaram do uso intenso de materiais poluentes nas fábricas nas guerras.
b) devastação florestal ocorrida na busca de mais terras cultiváveis para abastecer a população que, em virtude de inovações tecnológicas e do controle temporário das pestes, crescia rapidamente.
c) escassez de recursos de controle de pluviosidade pelos feudos, desestruturados após a revolta dos servos, que se transferiram para as cidades e fizeram ressurgir o comércio entre as várias partes da Europa.
d) religiosidade dos povos locais que conseguiram com sua fé, obter as chuvas necessárias para o sucesso da produção agrícola e o decorrente aumento na produção de alimentos.
e) inexistência de alternativas de irrigação de áreas agriculturáveis, o que forçava os senhores de terras a recorrer exclusivamente às chuvas para manter suas plantações vivas.

08)(PUCRS Julho 03) Responder à questão com base nas afirmativas abaixo, sobre as Cruzadas na Baixa Idade Média.
I. Vários setores da sociedade européia tinham interesses nas Cruzadas: a Igreja, o Império Bizantino, os nobres sem terra e as cidades comerciais italianas.
II. As cruzadas fracassaram como empreendimento religioso-militar, inclusive porque terminaram interrompendo o rico comércio europeu com o Oriente Médio.
III. Uma nova classe social surgiu, ligada à atividade comercial, e o poder dos nobres começou gradualmente a declinar.
IV. Foi a partir da renovação do poder da Igreja, com o movimento das Cruzadas, que se construíram as grandes catedrais românicas na Europa Ocidental.
Pela análise das alternativas, conclui-se que somente estão corretas
a) I e II.       b) I e III.     c) I, II e III.     d) II e IV.      e) III e IV.

10)(FGV 08) “(...) as cruzadas não foram as responsáveis pelas grandes transformações econômicas, mas produtos delas. Contudo, elas não deixaram de contribuir para os avanços daquelas transformações. (...) O intenso comércio praticado pelas cidades italianas, Gênova e Veneza, cresceu bastante com a abertura dos mercados orientais, para o que as cruzadas desempenharam papel decisivo (...)”.           (Hilário Franco Júnior, As cruzadas)
Além da decorrência apresentada, pode-se atribuir a essas expedições
a) o desaparecimento das ordens mendicantes – especialmente franciscanos e dominicanos –, assim como a superação das heresias católicas.
b) o fortalecimento nas relações de vassalagem em toda a Europa Ocidental e um forte retraimento do poder econômico da burguesia comercial.
c) a estagnação das atividades comerciais entre algumas cidades comerciais do mar do Norte – como Bruges e Gand – e as cidades do litoral oeste da África.
d) a radicalização no processo de fragmentação políticoterritorial da Europa, com a importante ampliação do poder econômico da nobreza togada.
e) a relação entre os cruzados com bizantinos e muçulmanos, permitindo que a Europa voltasse a ter contato com algumas obras de filosofia greco-romana.

11)(FUVEST 97) Do ponto de vista cultural, na passagem da Antiguidade para a Idade Média, é correto afirmar que o patrimônio greco-romano.
a)       Só não sofreu perda maior devido à ação esclarecida de muitos chefes bárbaros.
b)      Perdeu-se quase completamente porque, dado o seu caráter pagão, foi rejeitado pela Igreja.
c)       Foi rejeitado pelos bárbaros em razão do caráter cristão com que foi revestido pela Igreja.
d)      Não desapareceu com a antigüidade porque a Igreja serviu de conduto para sua sobrevivência.
e)       Escapou do desaparecimento graças à preservação fortuita de textos antigos.

12)(FGV 03) A respeito das cidades medievais, é correto afirmar:
a) As cidades da Idade Média Central (séculos XI – XIII), constituídas no interior do sistema feudal, desvencilharam-se das atividades agrícolas e significaram uma completa ruptura com relação ao cenário rural dominante.
b) Encravadas no mundo rural, as cidades da Idade Média Central (séculos XI – XIII) representaram uma profunda alteração com relação às cidades da Antiguidade clássica na medida em que passaram a constituir principalmente centros econômicos, onde, além do comércio, desenvolveram a especialização de funções e a divisão social do trabalho.
c) As cidades da Idade Média Central (séculos XI – XIII) estabeleceram-se a partir dos modelos da Antiguidade Oriental, recriando, em novas condições históricas, as instituições políticas características do mundo helenístico.
d) O desenvolvimento e a proliferação das cidades da Idade Média Central (séculos XI – XIII) ocorreu num contexto de retração econômica decorrente, entre outros fatores, da diminuição das áreas cultivadas, da queda acentuada do volume de mão-de-obra e da estagnação das técnicas agrícolas.
e) A expansão urbana da Idade Média Central (séculos XI-XIII) foi decisiva para o desenvolvimento de uma nova sensibilidade religiosa, na qual o modelo da Jerusalém Celestial esteve presente e estimulou o aparecimento de grupos religiosos essencialmente urbanos, como os cluniacenses e os cistercienses.

13)(FGV 09) “Caro, o pão faltava nas mesas dos pobres. Na Inglaterra, após mais de cem anos de estabilidade, seu valor quintuplicou em 1315. Na França, aumentou 25 vezes em 1313 e multiplicou-se por 21 em 1316. A carestia disseminou-se por toda a Europa e perdurou por décadas. (...) Faltava comida não por ausência de braços ou de terras. (...) Afinal, se os camponeses — esteio do crescimento demográfico verificado desde o ano 1000 — não conseguiam produzir mais, era porque já haviam cultivado toda a terra a que tinham acesso legal. Já os senhores não faziam pura e simplesmente porque não queriam. Moeda sonante não era exatamente a base de seu poder e glória”.   (Manolo Florentino, Os sem-marmita, Folha de S.Paulo, 07/09/2008)
O texto traz alguns elementos da chamada crise do século XIV, sobre a qual é correto afirmar que:
a) resultou da discrepância entre o aumento da produtividade nos domínios senhoriais desde o século XI e o recuo da produção urbana de manufaturas.
b) foi decorrência direta da peste negra, que assolou o norte da Europa durante todo o século XIV, e fez com que os salários fossem fixados em níveis muito baixos.
c) resultou do recrudescimento das obrigações feudais, que gerou a concentração da produção de trigo e cevada nas mãos de poucos senhores feudais da França.
d) foi deflagrada, após as inúmeras revoltas operárias, no campo e na cidade, que quebraram com a longa estabilidade do mundo feudal europeu.
e) teve ligação com as estruturas feudais que impediam que a produção crescesse no mesmo ritmo do crescimento da população em certas regiões da Europa.

14)(FUVEST 97) Os movimentos fundamentalistas, que tudo querem subordinar à lei islâmica (Shara), são hoje muito ativos em vários países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Eles tiveram sua origem histórica.
a)       No desenvolvimento do islamismo durante a Antiguidade, na Península Arábica.
b)      Na expansão da civilização árabe, durante a Idade Média, tanto a Ocidente quanto a Oriente.
c)       Na derrocada do socialismo, depois do fim da União Soviética, no início dos anos noventa.
d)      No estabelecimento do Império turco-otamano, com base em Istambul, durante a Idade Moderna.
e)       Na ocupação do mundo árabe pelos europeus, entre a segunda metade do século XIX e primeira do XX.

15)(UNESP 2000) As invasões e dominação de vastas regiões pelos árabes na Península Ibérica provocaram transformações importantes para portugueses e espanhóis, que os diferenciaram do restante da Europa medieval. As influências dos árabes, na região, relacionaram-se a:
a) acordos comerciais entre cristãos e mouros, a fim de favorecer a utilização das rotas de navegação marítima em torno dos continentes africano e asiático, para obter produtos e especiarias.
b) conflitos entre cristãos e muçulmanos, que facilitaram a centralização da monarquia da Espanha e Portugal, sem necessitar do apoio da burguesia para efetivar as grandes navegações oceânicas.
c) difusão das idéias que ocasionaram a criação da Companhia de Jesus, responsável pela catequese nas terras americanas e africanas conquistadas através das grandes navegações.
d) acordos entre cristão e muçulmanos, para facilitar a disseminação das idéias e ciências romanas, fundamentais náuticas.
e) contribuições para a cultura científica, possibilitando ampliação de conhecimentos, principalmente na matemática e astronomia, que permitiram criações de técnicas marítimas para o desenvolvimento das navegações oceânicas.

16)(UNESP Julho 09) “Num momento em que o Império Romano do Ocidente havia desmoronado e os Impérios Bizantino e Persa se esfacelavam, os árabes expandiram consideravelmente seus domínios. Em menos de 100 anos o Islã era a religião de toda a costa sul e leste do Mediterrâneo, além de ter se espalhado para a Pérsia, até o vale do Indo, e para a Península Ibérica”.  (Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, História para o Ensino Médio)
No contexto de tantas conquistas, a civilização árabe
a) sintetizou criativamente as tradições culturais árabe, bizantina, persa, indiana e grega.
b) rejeitou as contribuições culturais originadas de povos que professassem outras crenças.
c) submeteu pelas armas os povos conquistados e impôs o deslocamento forçado das populações escravizadas.
d) perseguiu implacavelmente os judeus, levando à sua dispersão pelos territórios da Europa do leste.
e) desprezou os ofícios ligados às artes, às ciências e à filosofia relegados aos povos conquistados.

17)(UFV 05) O Império Bizantino se originou do Império Romano do Oriente, reunindo diferentes povos: gregos, egípcios, eslavos, semitas e asiáticos. Em razão disso, foi preciso criar um eficiente sistema político e administrativo para dar força e coesão àquele mosaico de povos e culturas. Sobre o Império Bizantino é INCORRETO afirmar que:
a) a religião fornecia a fundamentação do poder imperial, mas absorvia grande parte dos recursos econômicos, originando várias crises.
b) a intolerância religiosa não deixava espaço de autonomia para que os indivíduos escolhessem seus próprios caminhos para a salvação.
c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito influente, provocando intensa espiritualidade popular e várias controvérsias teológicas.
d) a fusão entre poder temporal e poder espiritual permitia que o Imperador indicasse laicos para postos na hierarquia eclesiástica.
e) a importância política do Imperador impediu que o Patriarcado se desenvolvesse independentemente, tal como o Papado do Ocidente.

18)(FUVEST 98) Durante muito tempo desconhecidos na Europa medieval, os textos de Aristóteles se difundiram a partir do século XII. Suas obras chegaram ao ocidente europeu por intermédio:
a) De manuscritos gregos, preservados na biblioteca do Vaticano e, durante longo tempo, mantidos em segredo pela Igreja.
b) Dos monges beneditinos da Europa continental, que preservaram a cultura clássica em seus mosteiros.
c) De sacerdotes bizantinos, que freqüentavam as cortes reais da Europa e as grandes cidades do Ocidente.
d) Dos centros de cultura muçulmanos, sobretudo da península ibérica, cujos manuscritos em árabe, foram traduzidos para o latim.
e) Dos venezianos e cavaleiros de França, que atacaram Constantinopla em 1204 e de lá trouxeram os manuscritos originais.

19)(UNIMONTES 09) A nova concepção tomista, a do livre-arbítrio, considerava que o homem poderia colaborar com Deus no empenho de conseguir a salvação, cabendo-lhe escolher o bem, fazer boas obras, afastando-se do mal. Na teologia tomista a classe sacerdotal adquiriu grande importância na definição do certo e do errado em todas as atividades do homem, possibilitando a este precaver-se do pecado e encontrar o bom caminho da salvação.  (VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Scipione, 1997, p. 197)
A teologia tomista
a) foi a base fundamental da reforma protestante liderada por João Calvino, no século XVI.
b) era compatível com as muitas funções desempenhadas pela Igreja Católica na Idade Média.
c) era notável pela flexibilidade, sendo o fundamento tanto dos católicos anti-reformistas quanto dos burgueses calvinistas.
d) foi decisiva na construção do argumento de que a prosperidade material era sinal da eleição do homem por parte de Deus.