quinta-feira, 27 de outubro de 2011

EXERCÍCIOS EXPANSÃO MARÍTIMA

01)(UNESP 02) No período denominado Baixa Idade Média, houve desenvolvimento do comércio e florescimento de cidades. O crescimento econômico da Europa ocidental intensificou-se com a expansão ultramarina do século XV. Considera-se essencial para tal expansão:
a) a crise e o enfraquecimento comercial das cidades-estados italianas, fornecedoras na Europa dos produtos orientais.
b) a centralização do poder político e a possibilidade de investimento de recursos monetários estatais em expedições marítimas.
c) a ocupação de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim dos contatos pacíficos entre o Ocidente e o Oriente.
d) a abundância de metais na Europa e o crescimento de circulação monetária em condições de financiar empreendimentos dispendiosos.
e) a ruptura da unidade cristã do Ocidente e a formação de religiões adaptadas à ética da acumulação capitalista. 

02)(MACK 04) Assinale a alternativa correta acerca da Expansão Marítima Européia.
a) a corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou, na segunda metade do século XV, um período de grande cooperação entre reinos europeus, denominado de União Ibérica.
b) posteriormente à descoberta do novo continente, o grande afluxo do ouro e da prata americanos para a Europa gerou uma significativa baixa nos preços dos alimentos.
c) o navegador Cristóvão Colombo provou, com sua viagem, a tese do el levante por el poente, isto é de que seria possível alcançar as Índias, no Ocidente, navegando em direção ao Oriente.
d) as chamadas Grandes Navegações Européias inserem-se no processo de superação dos entraves medievais ao desenvolvimento da economia mercantil e ao fortalecimento da classe burguesa
e) em agosto de 1492, a nau Santa Maria e as caravelas Nina e Pinta partiram de Palos, na Espanha, rumo ao leste, e atingiram, em outubro do mesmo ano, a costa da América do Norte.

03)(FGV 09) “Durante a Antigüidade e a Idade Média, a África permaneceu relativamente isolada do resto do mundo. Em 1415, os portugueses conquistaram Ceuta, no norte do continente, dando início à exploração de sua costa ocidental”.  (José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, Toda a História)
Acerca da África, na época da chegada dos portugueses em Ceuta, é correto afirmar que:
a) nesse continente havia a presença de alguns Estados organizados, como o reino do Congo, e a exploração de escravos, mas não existia uma sociedade escravista.
b) assim como em parte da Europa, praticava-se a exploração do trabalho servil que, com a presença européia, transformou-se em trabalho escravo.
c) a população se concentrava no litoral e o continente não conhecia formas mais elaboradas de organização política, daí a denominação de povos primitivos.
d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, encontravam-se no Norte e economicamente viviam da exploração dos escravos muçulmanos.
e) a escravidão e outras modalidades de trabalho compulsório eram desconhecidas na África e foram introduzidas apenas no século XVI, pelos portugueses e espanhóis.

04)(PUC RJ 07) Na Época Moderna, as narrativas de cronistas, viajantes, missionários e naturalistas, representaram o Novo Mundo ora como Paraíso ora como Inferno. Qual das afirmativas abaixo NÃO se encontra corretamente identificada com essa idéia?
a) No imaginário europeu sobre o Novo Mundo, havia constantes referências à beleza e grandiosidade da natureza, o que possibilitava lhe conferir quase sempre positividade e singularidade.
b) O Novo Mundo era visto como o lugar para a concretização dos antigos mitos do Paraíso Terrestre e do Eldorado, através dos quais a natureza exuberante garantia a promessa de riqueza.
c) Os homens que habitavam o Novo Mundo eram quase sempre vistos como bárbaros, selvagens, inferiores e portadores de uma humanidade inviável.
d) A visão do Novo Mundo foi filtrada pelos relatos de viagens fantásticas, de terras longínquas, de homens monstruosos que habitavam os confins do mundo conhecido até então no ocidente medieval.
e) Na percepção e representação do Novo Mundo, os relatos orais dos primeiros descobridores ocuparam um lugar central por associá-lo exclusivamente ao Inferno.

05)(IBMEC Junho 04) “A maior revolução na alimentação humana ocorreu no período moderno com a ruptura no isolamento continental, quando o intercâmbio de produtos de diferentes continentes, que ocorreu no bojo da expansão colonial européia, alterou radicalmente a dieta de praticamente todos os povos do mundo. As especiarias asiáticas se difundiram para a Europa e chegaram aos outros continentes. As plantas alimentícias das Américas (...) propagaram-se pelo planeta. Gêneros tropicais (...) combinaram-se para fornecerem um novo padrão de consumo de calorias e de bebidas excitantes. Produtos típicos da Europa mediterrânica penetraram em todos os continentes.”   (MENESES, Ulpiano T. Bezerra de, CARNEIRO, Henrique. A História da Alimentação: balizas historiográficas. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Série v. 5, p. 90-91, jan./dez. 1997.)
Sobre esse fenômeno e seu contexto histórico podemos afirmar que:
a) Durante o período colonial, a África e a América forneceram vários alimentos para a Europa, como a mandioca, o milho e o açúcar. Ao mesmo tempo, a alimentação mediterrânica, à base de trigo (pães e massas), azeite e tomate, difundiu-se pelo continente americano com a chegada dos descobridores no século XVI. O café, originário da América, chegou à Europa no século XIX.
b) As especiarias vindas do continente americano eram a principal moeda de troca dos países europeus, principalmente Portugal e Espanha, que tinham colônias no continente. Posteriormente as especiarias foram substituídas pelo café e pelo chocolate. Em troca desses produtos, as metrópoles forneciam às colônias trigo e vinho, que possuíam um valor mais alto, lucrando nesse comércio.
c) O intercâmbio de diferentes produtos alimentícios ocorreu no bojo dos descobrimentos a partir do século XVI. Enquanto produtos como milho, batata e tomate foram levados para a Europa, o trigo e a uva acompanharam a colonização e a imigração na América. O café, vindo da África, aclimatou-se na América do Sul e difundiu-se para o resto do mundo a partir do século XIX.
d) Os descobridores europeus aproveitaram-se de alimentos nativos da América para distribuí-los para o restante da Europa ao mesmo tempo em que introduziam seus hábitos alimentares no continente americano. Assim, produtos antes desconhecidos dos europeus, como trigo, milho e batata, foram cultivados em grande escala para suprir a demanda européia. Em contrapartida, produtos europeus, como chá e arroz foram trazidos para a América.
e) A expansão comercial do século XIX foi a grande responsável pelo intenso contato entre várias culturas através de seus alimentos. Enquanto as colônias americanas forneciam açúcar para toda a Europa, eram abastecidas com produtos até então desconhecidos no continente, como a batata, o trigo e o arroz.

06)(UNESP 92) A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da conjuração de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e características novas.A inserção do Mundo não europeu no contexto do colonialismo mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para:
a)       A aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os povos da África e da Ásia
b)      Acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano.
c)       O indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho.
d)      Que o tráfico negreiro, operação comercial rentável,fosse determinado pela apatia e preguiça do ameríndio.
e)       A montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do Estado Absoluto na vida das colônias

07)(UFU Julho 2000) Sobre as civilizações pré-colombianas dos Astecas, Maias e Incas é correto afirmar que
I- a base econômica dessas sociedades era a agricultura, sendo a terra pertencente à comunidade ou ao Estado e trabalhada coletivamente.
II- enquanto os Incas e os Astecas desenvolveram um avançado sistema de escrita, registrando a história coletiva, os Maias se dedicaram a representar cenas do cotidiano em objetos cerâmicos, sem desenvolver a escrita.
III- para os Astecas, a guerra de conquista tinha um duplo objetivo: obrigar as tribos subjugadas a pagarem tributos e obter prisioneiros para os sacrifícios nos rituais religiosos.
IV- enquanto na sociedade asteca a escravidão era a base das relações de trabalho, os Maias e os Incas adotavam o trabalho coletivo livre, em sociedades igualitárias, sem hierarquias sociais.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas II e IV.           b) Apenas I e III.          c) Apenas I e IV.          d) Apenas III e IV.

08)(UNESP 09) Entre as civilizações pré-colombianas dos maias e dos astecas, havia semelhanças culturais significativas. No momento em que foram conquistadas,
a) os maias tiveram suas crenças religiosas e seus documentos escritos preservados e acatados pelos espanhóis, enquanto que a civilização asteca foi destruída.
b) os astecas e os maias haviam pacificado as relações entre os diversos povos que habitavam as atuais regiões do México e da Guatemala.
c) tiveram suas populações dizimadas pelos espanhóis, que se apossaram militarmente das cidades de Palenque, Tikal e Copan.
d) os astecas dominavam um território que se estendia do oceano Atlântico ao Pacífico, mas os maias já não contavam com as magníficas cidades, desaparecidas sob as florestas.
e) eram caçadores nômades, desconheciam a agricultura e utilizavam a roda e os metais para fins militares.

09)(FGV 09) “Uma antiga profecia maia, datada do século XIII, afirmava: ‘a terra queimará e haverá grandes círculos brancos no céu. A amargura surgirá e a abundância desaparecerá. A época mergulhará em graves trabalhos. De qualquer modo, isso será visto. Será o tempo da dor, das lágrimas e da miséria. É o que está por vir’.   Frei Bartolomeu de Las Casas, teólogo e missionário dominicano espanhol (século XVI), retomou essa curiosa profecia para retratar um episódio marcante para a história da América e do próprio Ocidente. Trata-se:
a) da conquista da América pelos espanhóis, que resultou num desastre demográfico das populações americanas e na imposição de formas compulsórias de trabalho, como a mita e a encomienda.
b) da fundação da cidade-estado de Tenochtitlán, no Vale do México (1235 d.C.), e do imperialismo mexica (asteca), que subjugou as demais cidades-estado da região.
c) da disputa interna, no Império Inca, entre Atahualpa e Huascar pela soberania em Cuzco, que gerou destruição, miséria e retração da economia agrícola.
d) das guerras de independência que as colônias da América Espanhola precisaram travar contra sua Metrópole, no primeiro quartel do século XIX.
e) do genocídio das populações de iroqueses e outras etnias pelos colonos ingleses na América do Norte, o que explica a predominância de população de origem européia, até recentemente, nos Estados Unidos da América.

10)(UFMG 08) No final do século XV e início do XVI, quando os europeus conquistaram o Continente Americano, este era habitado por inúmeros grupos étnicos, com diferentes formas de organização econômica e político-social. Considerando-se o Império Inca, é INCORRETO afirmar que
a) a agricultura, base da sua economia, era praticada nas montanhas andinas, por meio de um sofisticado sistema de produção, que incluía a irrigação e a adubação.
b) o Estado era centralizado, com o poder político concentrado nas mãos do Inca, o imperador, e sua sociedade era rigidamente hierarquizada.
c) seu domínio se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes, ocupando parte dos atuais territórios da Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e noroeste da Argentina.
d) um deus criador e protetor da vida e da natureza era cultuado segundo uma doutrina monoteísta e, para ele, foram construídos diversos templos.

11)(PUC RJ 01) Sobre as relações estabelecidas entre europeus e povos nativos do continente americano por ocasião da conquista e colonização das terras do Novo Mundo, estão corretas as afirmativas, à EXCEÇÃO de:
a) A catequese das populações nativas, fundamentada no princípio da tolerância religiosa, viabilizou o enraizamento dos valores cristãos.
b) A ocorrência de guerras e a propagação de epidemias contribuíram de modo significativo para a drástica redução demográfica das populações nativas.
c) Entre as imagens que os europeus construíram acerca do Novo Mundo, destacavam-se as visões que ressaltavam a pureza dos povos nativos e a fertilidade da terra.
d) O estabelecimento de alianças bélicas, favorecidas pelas rivalidades entre os povos nativos, contribuiu para a conquista européia.
e) Os conquistadores europeus valeram-se de práticas de escambo e formas de trabalho compulsório, já existentes entre os povos nativos da América, para consolidarem novas relações de dominação.

12)(UNESP 10) “(...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que, ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender”.  (Hernán Cortés. Cartas de Relación de la Conquista de Mexico, escritas de 1519 a 1526.)
O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reação de Hernán Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre
a) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas.
b) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios.
c) do encontro de padrões culturais diferentes.
d) das semelhanças culturais existentes entre os povos do mundo.
e) do espírito guerreiro e aventureiro das nações europeias.

13)(FUVEST 96) Sobre as universidades na América colonial, é possível afirmar que:
a) As Coroas portuguesas e espanhola, preocupadas desde o período colonial com a questão da educação, criaram universidades já no século XVI.
b) No Brasil não foram criadas universidades no período colonial e na América Espanhola elas tiveram apenas uma existência efêmera, não havendo real interesse em sua manutenção.
c) As Coroas portuguesa e espanhola, envolvidas com a implantação de um sistema de exploração, não cuidaram da criação de universidades em suas colônias
d) Assim como Salamanca serviu de modelo para a organização das universidades da América Espanhola, Coimbra foi modelo no Brasil e em Goa, na Índia.
e) Enquanto no Brasil não foram criadas universidades no período colonial, na América Espanhola, já no século XVI, foram fundadas a universidade de São Marcos de Lima e a do México.

14)(PUC 06) Quanto às colonizações espanhola e portuguesa nas Américas, entre os séculos XVI e XIX, pode-se destacar:
a) o emprego de regimes de trabalho obrigatório, ainda que na América Portuguesa tenha predominado a escravidão do negro e na América Hispânica, a exploração do trabalho indígena.
b) a completa unidade territorial e o controle rígido pelas metrópoles, ainda que na América Portuguesa o regime administrativo tenha sido o de capitanias e na América Hispânica o de vice-reinado.
c) o prevalecimento da agricultura e do extrativismo, ainda que na América Hispânica o usufruto dos bens produzidos fosse exclusivamente da Coroa espanhola e na América Portuguesa, dos colonos.
d) a interiorização da ocupação, ainda que na América Portuguesa tenha sido rápida e em acordo com as definições de Tordesilhas e na América Hispânica, lenta e desrespeitosa ao tratado.
e) o esforço de integração das economias coloniais ao comércio internacional, ainda que na América Hispânica a produção fosse voltada ao mercado norte-americano e na América Portuguesa, ao inglês.

15)(FGV 07) “(...) a terra que dá ouro esterilíssima de tudo o que se há mister para a vida humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, (...) e logo começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se vestirem, além de mil bugiarias de França (...) E, a este respeito, de todas as partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra dá, com lucro não somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfornecidos muitos engenhos de açúcar das peças necessárias e de padecerem os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos aonde hão de dar maior lucro.”   (Antonil, Cultura e opulência do Brasil, 1711)
No texto, o autor refere-se a uma das conseqüências da descoberta e exploração de ouro no Brasil colonial. Trata-se
a) do desenvolvimento de manufaturas para abastecer o mercado interno.
b) da inflação devido à grande quantidade de metais e procura por mercadorias.
c) do incremento da produção de alimentos e tecidos finos na área das minas.
d) da redução da oferta de produtos locais e importados na região mineradora.
e) do desabastecimento das minas devido à maior importância das vilas litorâneas.

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